Será que tenho síndrome do burnout?

Síndrome de Burnout

O que é síndrome do burnout?

A síndrome do burnout é um estado de exaustão emocional, mental e física causado por estresse excessivo e prolongado.

No cenário atual, onde a pressão por resultados e produtividade é constante, muitas pessoas acabam sendo afetadas por esta condição.
Quando a sua relação com o trabalho não é saudável, a probabilidade de se desenvolver síndrome de burnout aumenta.

Segundo o DSM-V, o burnout não é apenas um estresse comum, mas uma condição que pode afetar profundamente a qualidade de vida de uma pessoa, levando o indivíduo que se encontra nesta condição a apresentar dificuldades importantes em desempenhar suas tarefas do dia a dia. 

Quais os sintomas mais comuns do burnout?

Os sintomas podem variar, mas os mais comuns incluem: fadiga extrema, insônia, falta de concentração, irritabilidade e uma sensação de desesperança. Muitas vezes, as pessoas que sofrem de burnout também relatam sintomas físicos, como dores de cabeça e problemas gastrointestinais.

Normalmente, esses indivíduos apresentam isolamento social importante, bem como dificuldade nas relações, tanto de trabalho, quanto pessoais.

A pessoa pode apresentar apatia e desânimo muito similares a depressão. Estudos na análise do comportamento destacam a importância de identificar esses sinais precocemente para evitar complicações maiores.

Relação entre burnout e a cultura Brasileira

O Brasil encontra-se em um cenário sociocultural que facilita o desenvolvimento da síndrome de burnout. Por conta de dificuldades financeiras e desigualdade socioeconômica, o desafio para equilibrar vida pessoal e profissional aumenta, o que contribui para um aumento nos casos de burnout.

O uso de memes e humor, típicos em nossa cultura, pode ser uma ferramenta de alívio, mas também pode mascarar a gravidade do esgotamento emocional.

Pesquisas indicam que a prevalência de burnout no Brasil é alarmante.

Um estudo recente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aponta que aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout, especialmente em setores altamente exigentes como saúde e educação. Atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de países mais diagnosticados com a síndrome.

Existe prevenção para o burnout?

Felizmente, SIM EXISTE! A prevenção do burnout é possível através de estratégias de autocuidado e mudanças no ambiente de trabalho, em busca de qualidade de vida e criação de ambientes e relações saudáveis.


O primeiro passo é na hora de escolher tanto o seu objeto de trabalho, quanto o ambiente em questão, busque por locais que estejam alinhados com os seus valores e que possam te proporcionar crescimento, autossuficiência e principalmente espaço para estabelecer limites.

Trabalhar com demandas aversivas também pode ser um fator que contribua para o desenvolvimento, busque por atividades que não te gerem desgaste emocional e saiba avaliar os prós e contras, nem sempre o retorno financeiro compensará o adoecimento.

Observar os sinais psicoemocionais e físicos, típicos da exaustão, é fundamental para o tratamento da síndrome de burnout, mas no que diz respeito à prevenção, estabelecer limites saudáveis com as demandas de trabalho, manter rotinas de atividades prazerosas e de bem estar, prática de exercício físico e período de férias regular, são fatores importantes para que se evite entrar em estresse crônico. 

Indicações e tratamento

A terapia analítico-comportamental (TAC) se destaca como uma abordagem eficaz para lidar com os sintomas de burnout.

Ela auxilia os pacientes a identificar padrões de comportamento que contribuem para o estresse e a desenvolver habilidades de enfrentamento, encorajando-os a  lidar com os eventos de maneira mais funcional, buscando sempre o equilíbrio e o desenvolvimento de repertórios que levam ao bem-estar.

Se você está sentindo algum destes sintomas, considere marcar uma sessão para explorar como a TAC pode ajudá-lo a recuperar seu bem-estar.

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Mari Ávila

Psicóloga

Especialista em terapia analítico-comportamental (TAC) e, nos últimos sete anos, dedicada a atuação clínica.

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